Praticamente todos nós já ouvimos que o A ou B pôs fim à sua vida no sitio X ou Y e de inúmeras maneiras. Há uns dias atrás tive conhecimento de uma senhora que se levantou a altas horas, vestiu o robe e saiu de casa. Saiu do prédio e percorreu sensivelmente 1km para se atirar de uma ponte e pôr fim à sua vida. Repare-se, este caso não é como tantos que em poucos segundos se mata, não, este caso demora muitos minutos até ao desfecho fatídico.
Estive à conversa com a pessoa que me relatou o caso e chegámos aqui por falarmos em doenças terminais ou não, em que leva muita gente a estes actos.
Durante esta conversa estivemos de acordo com a Eutanásia e fiquei a saber que a palavra representa "Boa Morte". Mas não ficámos só neste pensamento e fui lançado noutro que se prende com a força que uma pessoa tem para acabar com a sua vida e o respeito que temos de ter por essa pessoa.
Quanto à Eutanásia acho que já vai tempo a mais para estes senhores políticos e medíocres de ideias acabarem por uma vez por todas com causas morais e politicas quando o que está em cima da mesa é um sofrimento de uma pessoa e uma escolha pessoal. Responsabiliza-se tanto essa pessoa pelos actos que fez na vida e porque que o estado se quer responsabilizar pela dor dessa pessoa? Simplesmente porque a dor é maior que a hipotética responsabilidade pela vida por parte de um Estado, não se enxergando que estão a ser irresponsáveis.
Quantas vezes não nos dizem para ser feliz?
Há mais dignidade que uma pessoa se desligar da vida só porque está a sofrer, quando a essência da vida é ser feliz e ser alegre? Se não se consegue isso qual o motivo então para estar numa cama de um hospital a ser um bode expiatório de alguns laboratórios que nos enchem com os seus medicamentos por dias, meses ou anos?
Quantos de nós não ouvimos esses relatos e a 1ª reacção é chamar doido ou sei lá a uma pessoa dessas. É ai que muda em muito a minha opinião quando ouço que uma pessoa que se mata não quer morrer, mas sim, não consegue viver como quer e esse querer é ser a bem. Se repararmos quando ouvimos um desabafo tipo..." Qualquer dia mato-me..." em muito não passa disso mesmo porque viver é bom de mais. Mas há quem o faça e esses têm uma força que se tem de ter muito respeito. É preciso que essa pessoa esteja num estado tão mau e tão péssimo que chegue e que pense que vai terminar com a coisa que de melhor tem que é viver.
Por fim a minha ultima palavra. Ninguém está livre em relação a um dia poder vir a ter uma doença terminal que é a coisa mais medonha que tenho nesta vida.
"...se um dia me vir a abraços com isso, também eu terei essa força. Nesse dia não me chamem doido mas sim respeitei-me por ter encontrado mais uma vez a paz e a felicidade..."
Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
ResponderEliminar(Richard Bach)
Sempre houve doentes e anciãos, mas antigamente eram considerados um tesouro. Agora não passam de um "estorvo"... E é só por isso que hoje se fala em eutanásia, quando no passado havia apenas o suicídio: o suicídio é uma decisão pessoal; a eutanásia acabará por ser uma imposição da sociedade.
Há em muitas cabeças uma noção da vida que é chocantemente pobre, desagradavelmente rasteira, tristemente vazia. Consiste em olhar para a vida de uma forma utilitária, com base numa concepção egoísta e em critérios apenas económicos: se uma vida não é útil - se não é produtiva, se não proporciona todo o prazer - então não tem razão de ser. Pode eliminar-se, como se elimina um automóvel velho ou sem conserto, um par de sapatos rotos, uma camisola demasiadas vezes remendada, um animal gastyo pelo tempo.
Direi que se um dia me vir a braços com esse problema, a minha Fé não me permitirá - julgo eu - tomar a minha própria Vida nas mãos e acabar com ela; assim como NUNCA na vida seria capaz de tirar, pelo meio da Eutanásia a Vida de alguém ainda que por tudo, fosse a maior e ultima atitude de Amor que poderia cometer...
São momentos duros, momentos que só o próprio minuto pode resolver, só Deus pode decidir! Creio eu de que...
um anjo
Amor