terça-feira, 8 de setembro de 2009

Rascunho Rádio Lezíria


Está para breve mais uma corrida ás mesas de votos por parte dos partidos e neste caso em dose dupla com Autárquicas e Legislativas separadas por tão pouco tempo. Temos a certeza que a abstenção por parte da classe politica vai ser nula, pois já é costume as televisões fazerem o percurso dos candidatos de casa até as mesas de votos, registarem a hora e como é óbvio a pequena entrevista onde nos dizem que está a ser uma boa adesão e que os Portugueses devem vir porque até está um bom dia.
No oposto, a abstenção bate recordes e como o dia está bom aproveitam para passear e mesmo pôr em dia assuntos pendentes. Em resumo nem se lembram que existe uma eleição que influencia o dia a dia de todos nós. Mas essas pessoas estão completamente erradas quando procedem assim?
A minha opinião, nunca é demais realçar a importância de cada um de nós no dia de votar porque o 1º erro é a abstenção. A abstenção dá-nos dois indicadores, um de desagrado com a classe politica e outro a quem está no poder que ao contrário, não liga a esse desinteresse mas joga com esses números para contabilizarem votos. No caso de onde vivo, aqui no concelho de Salvaterra, a abstenção é das mais altas e fica-se a dever em primeiro por ser dominante uma população rural que vive longe das questões politicas. Mas tem de se ir bem fundo e ver porque é que este fenómeno tende aumentar de eleição para eleição.
Nos últimos 12 anos o concelho é dirigido pela actual presidente e nos 22 anteriores pelo PS. Mostra aqui uma pequena franja da populção que vota que aceita a estagnação e a imagem de um candidato. Poderá então afirmar-se que esta maioria se centraliza nos poucos votantes que ainda preferem a imagem em prejuízo da competência de um candidato?
Confirma-se também que outras forças politicas não o conseguiram por falta de um programa politico por uma ausência no terreno durante os 4 anos de interregno no qual se tem visto por essas festas onde deveriam estar no terreno junto com o votante e dando voz á população. Quem ganha eleições não são os partidos sozinhos mas sim as ideias, o trabalho diário no terreno e o mais importante, fazer chegar ao cidadão a mensagem para que escolha entre uma simples simpatia e um menos simpático, mas com capacidade de fazer esquecer uma imagem desgastada. Não basta apontar um dedo e dizer..."tu não serves"...mas sim mostrar que não serve e neste caso o tempo não corre a favor do actual executivo. Quanto à rádio Lezíria estará a contribuir para essa mudança sempre neste espaço de rubrica.

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