sábado, 26 de setembro de 2009

Aliados Permanentes? Onde?

Recordo que há uns tempos atrás Luís Melancia disse me «Na politica não há aliados permanentes, só interesses permanentes» e hoje as suas palavras fazem todo o sentido.

Há uns tem
pos para cá tenho rodado com ele (desculpe o "tu", mas sinto-me cada vez mais solto, não abdicando do "você" quando estiver consigo) por esse mundo que me fascinou sempre mas nunca o tinha admitido dentro de mim.

Recordo de ter acesas discussões com primos mas sempre na base da educação e já nesse tempo eram os primeiros sintomas a brotarem em mim. Bom, hoje se bem que só assisto, mas mantenho a minha opinião bem assente que é verdade, a politica é uma ciência bonita mas só alcançada por grandes homens.

Temos todos dentro de nós a politica mesmo os mais cépticos que dizem que não ligam mas lá vão comentando por vezes e é isso que interessa, pouco a pouco chegar novo sangue e novas ideias.

Mas então todos nós podemos ser políticos?

Não. Uma coisa é politica de bancada e outra é a verdadeira politica e para mim, tem um pouco, sim, de lábia, de conseguir argumentar um tema que até pode ser falo por todos nós mas nunca lhe dar o verdadeiro sentido. O que eu quero dizer é falar num assunto com o chamado "floreado" que tende a ter um toque habilidoso de ironia no qual tende a chamar atenção de todos por isso mesmo, questiona-se o poder politico e ao mesmo tempo soa bem aos ouvintes.

Pois bem, Luís Melancia consegue aliar uma enorme cultura de vocabulário a um poder de síntese e de argumentação que não deixa ninguém indiferente. O seus últimos discursos, ou melhor, apresentações pois discursos deveriam ter sido dos candidatos mas quem o houve fica atónico por momentos e pergunta-se o que poderá um candidato falar mais depois dele, conseguiu colar factos históricos ao concelho dando um ar de ironia e ninguém saiu dali sem se questionar. Quem é este homem?

Mas não me distanciando do tema mas tendo sido importante ir aqui para se perceber, que ele consegue uma coisa ainda mais importante que é reunir à sua volta todos aqueles que dormiam até hoje sobre a seta do PSD e todos aqueles que fazem politica de bancada. Como no post que escrevi Classes Sociais...Relacionamentos" onde digo que é mais fácil uma pessoa inferior (e para quem não leu eu falo em mentalidades e não em ricos e pobres), querer chegar a uma de classe superior do que o contrario, não invalidando que a superior se relacione também e que possa retirar algo de benéfico, aqui na politica, começa então um fenómeno que me espantou e que vai de encontro ao tema.

Em tão pouco tempo já vi como opiniões, palavras, pensamentos sobre ele mudaram de dia para dia no qual penso se serão porque realmente acreditam no que ele pode fazer ou pelo que ele lhes pode oferecer. Não quero acreditar que várias aproximações e ainda tentativas em seu redor tenham por consequência mais tarde a mesma ideologia até agora, sou da terra posso e mando...mas não consigo fazer. Deixemos que ele e quem o rodeia e que sabem fazer politica, não por ter anos e anos daquilo, e se não quiserem então ser aliados pelo menos que sejam cooperativos e levem por diante o projecto.

Só um aparte para esta campanha eleitoral que tem por slogan fazer bem as pessoas...1º o PSD tem em Salvaterra de se fazer bem a si próprio para depois poder dar ás pessoas.

Mas poderão vocês perguntar se eu ao dizer tantas vezes bem deste senhor se também eu não tenho apenas Interesses Permanentes?
Claro que sim, enquanto for seu "Guarda Costas" e ele me pagar bem apenas há aqui interesses...

PS- Fica bem registado que este "Guarda Costas" está aqui simplesmente porque aprendi também eu a ser irónico mas continuo sentado do lado da bancada. Não sou seu aliado e nem tenho interesses permanentes mas sim uma simples jovem amizade que não precisa de retornos.












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