E km atrás de km, lá vai somando os meus carros juntos, sensivelmente entre 6 a 8 mil por mês. Hoje quando vinha para o trabalho parei na bomba para rever a pressão dos pneus, e reparei que os da frente, já com quase 110 mil, começam a querer dizer-me “Adeus”. Depois de os ajustes feitos meti mãos à estrada, e foi nessa mesma estrada que partilhei comigo mentalmente vários pensamentos.
A mente é minha, os pensamentos são meus e por isso, cada um de nós pode e deve pensar, sonhar, como e quando quiser. O meu hoje vai para uma comparação informal ou mesmo banal, mas que eu acho que está certa. Aliás, há comparações em tudo e tudo se pode comparar a nada. Estranho mas verdadeiro porque cada um interpreta à sua maneira.
Passei os olhos de dentro, aqueles que até “PEN” de memória tem; a minha memória, e fiz uma retrospectiva da vida humana enquanto vida de casal. E o engraçado, é que comparei a vida de todos os casais ao simples pneu que há pouco tinha cuidado. Vejamos que aquele pneu precisa de uma estrada para andar como cada casal precisa um do outro. Por outro lado, entre o pneu e a estrada e ao longo dos anos haverá o desgaste natural, ou aqui o mais importante, um desgaste provocado por terceiros como um prego por exemplo. Não se passa o mesmo na vida de um casal? Não há por vezes terceiros a entrar nas nossas vidas?
Felizmente tenho escolhido bem os caminhos por onde ando, tenho comprado pneus sempre em condições e tenho cuidado bem da pressão. Naturalmente o desgaste vai acontecendo até ter mesmo que os mudar. Mas como disse, cada um interpreta à sua maneira e neste momento e como o texto é meu, já não quero que a minha vida de casal seja como um pneu. Não quero trocar de companheira.
Sem comentários:
Enviar um comentário