Durante um dia, um mês, ou mesmo uma vida, teremos a noção de quanto deitamos fora? Dirão vocês; latas, restos de comida, embalagens? Não, respondo eu. Então são televisões, frigoríficos, enfim, electrodomésticos? Também não.
Eu falo em deitar fora o que temos no nosso interior, dentro de nós próprios. Já estou a ver as vossas caras a levar para o mal, mas realmente, não é nada disso.
Falo exclusivamente, de reacções, emoções, certos sentimentos que outrora serviram para fazer o bem, mais tarde por não haver um sentido próprio para serem empregues, deitamo-los fora. Não temos então, a capacidade de armazena-los, para serem mais tarde de novo utilizados
Parece que estamos munidos com um antivírus, que destrói tudo o que lhe pareça estranho no momento. Ou então, temos um desfragmentador que alinha tudo por ordem, mas acaba tudo em desordem na mesma cá dentro.
O pior, é que essas modificações a nível informático não passam de uns meros erros, que com uma nova instalação, o erro está corrigido. No nosso ser, por vezes não há instalação possível, levando-nos a perder, por vezes, algo muito importante.
Lá atrás eu perguntei se temos a capacidade de armazenar? Temos, mas eu por mim, o que fazemos na maior parte das vezes…
…reciclamos sentimentos, emoções, muito diferente da normal reciclagem dos tais objectos…
Teremos de aperfeiçoar, melhor a nossa limpeza interna…
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