terça-feira, 29 de novembro de 2011

Chega sempre o dia, que realmente se precisa do verdadeiro apoio. Aquele ombro que sempre lá esteve, que por cima dele várias peças de roupa passaram e passarão, — não importando o formato e nem a forma que dá ao estilo de cada peça de roupa — mas que está lá, sempre!

E esse ombro que pertence a um ser, só por si, também ele pertence à constituição do esqueleto humano. E humano é o que se quer, desse ser! Poderás até ser bem formado na tua arquitectura óssea, mas não é esse trabalho de engenharia que te fará seres um bom projecto.

E pensei eu, que nos meus “altos 1.65m” e com um peso variável que já atingiu em tempos os 97kg — não são um exemplo de um bélico projecto — nunca falhei com um ombro para ninguém. Sempre esteve e está aqui, para quem o queira utilizar como ajuda medicinal, se assim se puder afirmar.

Mas tenho a sorte de puder dizer que também eu, tenho em grande parte de quem conheço, a sorte de não ter um, mas sim dois ombros para me acolher. A todos quanto me disponibilizam o ser humano que têm em vós, um muito obrigado.

Um ombro amigo não necessita de roupa bonita e nem de músculos. Ele apenas te recebe se o seu Ser for despido de preconceitos.

(Foto de Google Imagens)
Paulo Cadeiras 29-11-2011
Em cada canto, em cada esquina, deparas-te sempre com um novo caminho, com uma nova linha de rumo. Mas se essa esquina te leva ou para a direita ou esquerda, conforme a direcção e graus do seu ângulo, não quer dizer que tenhas de cumprir essa direcção! Nada te diz que o rumo certo é o que a esquina te mostra e nem que o caminho que depois se apresenta à tua frente é o correcto. Para mim, muitas das esquinas e cantos da vida não são mais que locais de "pausa" onde servem para rever as nossas coordenadas. Aproveita estes espaços temporais para te livrares de intemporais tempos. Paulo Cadeiras.
Se conferirmos ao Sol o elemento principal do dia quando ele rasga o horizonte, também é verdade que ele não é o dono do dia, pois o dia começa e acaba em plena Noite. Aqui há duas coisas, ou o Sol com o seu brilho não está a ser muito claro, ou retirou à Noite parte do seu brilho!

E não é assim com as pessoas?!?! Não há quem brilhe utilizando os outros?

Fico feliz por uma coisa; a Noite é sempre acompanhada pelo brilho de imensas Estrelas, incluindo a Lua. Também há pessoas assim, que nos vão acompanhando na Noite…

(foto Google imagens)
Paulo Cadeiras 24-11-2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pegada...

A pegada que deixas é uma marca tua, mas nunca será apenas tua. Imagina-a numa montanha de neve, onde a vais deixando uma a uma, pé-ante-pé, mais ou menos funda conforme a espessura da neve, ou então conforme a resistência que o chão te empoem.

Mas dizia eu, sendo tua, outros que vêm por trás, vão utilizando as tuas pegadas como socalcos idênticos a degraus, e assim facilitando outros a treparem. Talvez sim, talvez o maior esforço tenha sido o teu, e talvez, consideres o mais importante no fim da escalada. Mas olha que não! O mais importante, será sempre o teres conseguido, leva-los a todos até ao cimo da montanha, porque se foram os teus pés a abrirem o caminho e a desbravar a montanha, também eles tiveram o mérito de terem conseguido seguirem as pegadas.

Não marques a tua vida apenas com pegadas idênticas aos dinossauros, porque uma pegada, facilmente a erosão apaga. Deixa sim a tua marca, dentro das pessoas que te seguiram, mesmo que elas tenham usado as tuas pegadas.

(foto google imagens)
Paulo Cadeiras 22-11-2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Queria uma janela nova, com vidros!

Tenho frio
Estou gelada
Coração ameno, mas não quente
Bombeia a custo, o sangue que invade as minhas veias
Que percorrem cada centímetro do meu ser.
Queria uma janela nova, com vidros!

Não! Não posso continuar assim
Não quero viver assim
Não quero ser um iceberg
Quero chegar à janela e olhar lá para fora
Tocar nela sem colocar a mão de fora
Queria uma janela nova, com vidros!

Não sei quem os quebrou
Se eu, ou ele
Se nós ou eles
Pouco importa, agora que estou só
Aqui, fechada e gelada
E apenas o que queria
Era uma janela nova, com vidros!

Sei agora, que…

As lágrimas que deixei cair por ele foram em vão
Os gritos de dor que entoei foram apenas desabafos
As noites sem dormir foram horas perdidas
O cheiro dele, o meu olfacto já não o sente
A minha memória também já não o reconhece
E apenas a única memória que tenho dele
É o frio, o gelo, a rigidez deste tempo
Que me impôs…ou me impus a ele! 

Não! Vou aquecer de novo o meu coração
Vou entregar este iceberg a quem o queira derreter
A quem o queira diluir
Porque na minha janela sem vidros ninguém vai tocar!
Eu gosto dela assim!

Não é um vidro que faz separar a fronteira do interior para o exterior, mas sim o medo que tens em ultrapassa-la, em quebra-la!

(Foto de Mafalda Duarte)

Paulo Cadeiras 16-11-2011


Lábios Selados.

Sofre o coração por ela e por ela desespera
Bate forte no pequeno espaço que lhe foi concedido
Quer sair, quer gritar
Não quer que a boca seja o seu interlocutor
Não quer ser mal interpretado
Quer ser verdadeiro.

Não queria estar fechado!

Não pode e não quer
Deixar passar a oportunidade de ser ele a mostrar
A dor que tem passado
Os sentimentos que tem guardado
Os desejos que tem sonhado
Ali, aprisionado no espaço que lhe foi concedido.

Não queria estar fechado!

Se pudesse por uma vez sair
Se pudesse apenas por uma vez falar
Letra por letra
Palavra por palavra
Dizer-lhe que tem estado há tanto tempo
À espera daquele momento impossível
Pois ele…

Não queria estar fechado!

Um dia, os olhos fizeram o que a boca nunca fez, mas desta vez, tardio!
À sua frente, a princesa dos seus pensamentos, a beleza dos seus sonhos, estava acompanhada com o seu parceiro. A dor chegou-lhe instantaneamente, gelando-o por completo. Lá dentro, ficou preso e desta vez, os lábios ficaram selados para sempre.

Não esperes que as oportunidades sejam como a chuva ou o Sol que abunda nas suas estações. Não esperes perceber o que o outro não entende, mas sim, entende o que tu estás a sentir para que possas mostrar ao outro. Vai, não te escondas, grita o que o teu coração te manda aclamar, pois, ele nunca será castigado, já tu, irás arrepender-te para sempre!

(Foto Google Imagens)

Paulo Cadeiras 14-11-2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11-11-11

Sempre gostei de números e até certa altura fui um bom aluno a Matemática. Mas quis a minha falta de atenção e alguma preguiça, não me ter deixado continuar os estudos e só, ter conseguido ir até ao 11º ano mas ficado apenas com 9º ano completo. Fui vencido pelo lado mais fraco. Não olho para trás com remorsos, mas não é isso que quero que os jovens sigam o meu mau exemplo.

Mas dizia eu, os números a mim dizem-me algo e não sei bem porquê. A data de hoje e a hora — 11-11-11 e 11:11 horas — deixou-me a pensar numa coisa, talvez mais uma de tantas que foram partilhadas — parvas ou sem sentido — mas é apenas um ponto de vista. O meu ponto de vista. Reparei neles e todos eles iguais. O número 1 é impar mas eles estão acasalados 1 a 1, logo, 1+1=2 e por aí adiante. Se os somarmos todos o resultado é 10. Se fizermos a prova dos nove volta a dar 1.

Retiro daqui e comparando estes números a nós humanos, a nós seres que temos a capacidade realizar contas, que 1 nada faz só, mas se trabalharmos em equipa já somamos muito mais. A ajuda e entreajuda são cada vez mais importantes no tempo que corre. Não vale, apena abandonarmo-nos e deixarmo-nos a sós, quando temos a certeza que necessitamos do próximo, e ele de nós. Mas o resultado final foi 1!

O resultado de 1 é o resultado de toda a equipa, é por essa causa que todos se juntaram, que todos se somaram e se desdobraram para chegar a 1 resultado, a uma causa. Serás 1 único se nunca aceitares que outros serão importantes para ti. Nunca entrarás numa conta se tu próprio não quiseres adicionar o teu número à conta, mas também nunca chegarás a um bom resultado se tu não o fizeres. Deixa-te entrar, deixa-te ser +1 e nunca -1.

(Foto Google Imagens)

Paulo Cadeiras 11-11-2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Poder de dar..."graxa" na nossa vida!


Já alguém pensou o quanto é importante o poder da graxa? O poder do brilho no sapato, o poder do reflexo dos raios de sol a bater nele? Mas esse trabalho tem um nome a que todos damos de “dar graxa”, que é feito por um “engraxador”. Ora bem; vou falar um pouco disso.

Aprendi na tropa até ao ponto de enjoar a dar “lustro” nas botas da tropa. Prefiro dizer dar “lustro” do que graxa, por achar a duplicidade do sentido da palavra, muito parecido ao que vou escrever. Dizia eu, que enjoei de tantas vezes puxar o dito lustro às botas, por ser obrigado e por ser de praxe. Um bom soldado não se quer com a botinha suja mas sim, sempre bem apresentado! Por isso, todos os dias o soldado Cadeiras lá passava a escova pelas botas, mesmo sabendo que minutos depois se iam encher de lama. E foi assim durante a estadia de vassalagem aos meus superiores. Um poder que era exercido por mim mas obrigado por eles. E na nossa vida?

Aqui já vou rebuscar a outra duplicidade da palavra, o sentido de dar “graxa”, o poder de rebaixarmo-nos mas cheios de “lustro”, tipo um palhaço que usa tanta pintura, mas ao mesmo tempo faz-nos rir. Chamo a isto; um poder dissimulado, um poder que continua a ser exercido por nós mas não obrigado! Neste caso a vassalagem até nem nos é imposta por terceiros mas sim por nós próprios. E o que será que sente o “engraxador” neste caso? Será que gosta, que se revê em todo o papel? Será que se identifica com tudo o que faz para agradar a terceiros? Será que o seu interior, a sua mente não entra em conflito com o coração? Talvez sim, talvez não, porque o principal papel do engraxador é atingir os seus objectivos! Não importa como, e não importa quem se atravesse no caminho. Em ambos os casos, a “graxa” tem de brilhar!

E como não me identifico com esse tipo, dito “trabalho” de “engraxador, desde aqui digo, que o problema de dar “graxa” na nossa vida também tem um limite, não pela “graxa” se acabar mas porque o próprio “engraxado” chegar a um ponto de cansaço. E era importante acabar com isso, porque já que o “engraxador” tem tanta “graxa”, pelo menos o “engraxado” deveria por um fim nisso!

Uma coisa, eu digo! Se na minha vida precisasse de engraxar tanto como engraxei as botas na tropa, antes queria andar descalço!

(Foto Google Imagens)

Paulo Cadeiras 03-11-2011.