…suspira; inspira; suspira; inspira…e umas quantas vezes mais. É este acto tão simbólico, tão pequenino em espaço de tempo entre os dois modos, mas ao mesmo tempo tão enorme para a nossa vida. Inspiramos para nos mantermos vivos e suspiramos; para continuar vivo. Neste caso necessitamos do ar como pão para a boca e ao mesmo tempo rejeitamo-lo no segundo a seguir. Engraçada a nossa genética, num acto que nos é de estrema importância, somos logo postos à prova na rejeição; que importância tem isso, apenas é ar livre que importamos e a seguir exportamos.
Mas com isto não me quero cingir ao ar mas aos movimentos que fazemos para o conseguir ter e rejeitar a seguir; Inspirar e Suspirar. Como já disse são de extrema importância estes compassos rítmicos de inalar e exalar, sempre numa ordem constante e de preferência calma. Aqui a ordem é importante, mas será que deverá ser sempre assim?
Podemos quebrar a regra da sequência predefinida pela lei da vida? Achamos que em vez de inspirar uma vez podemos inspirar, duas, três, quatro, as vezes que cada um de nós aguentar. Já no suspirar se passa o mesmo, as vezes podem ser as que aguentarmos. Mas não podemos e experimentem…o que estamos a fazer; é dividir o acto de inspirar até ao próximo que virá urgentemente; o suspirar.
E é assim em muitas das situações a que o ser humano se vê no dia-a-dia; dividimos os actos para nos parecerem grandes e à nossa medida. Fomos concebidos de uma forma tão simples mas temos a tendência de nos complicarmos, utilizamos as pessoas e deitamo-las fora nem que seja no segundo a seguir, lutamos contra as leis da natureza.
Lembram-se ainda do Inspirar e Suspirar? Acham que alguma destas fases poderia existir sem a outra, sem a ordem do nosso cérebro, depois de um pedido urgente dos pulmões? Claro que não.
Quando se altera uma lei da vida e da Natureza não estamos a criar mas sim a dividir. Até poderá depois nos parecer que inventámos algo novo, mas não passará apenas de mais uma conquista do homem.
A natureza completa-se a ela própria não precisa que a alterem, ao longo dos tempos tem o demonstrado com duas fases; a nossa destruição e de novo a sua regeneração. Tenho medo que esta última parte (regeneração) um dia falhe e aí falte a tão subtil sequência…
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