20ª e 21ª Completas.

Depois de duas semanas de indecisões, acabei na sexta feira por meter as ideias no lugar.
Agora é continuar e desde sexta feira, que rolou bem as teclas...

Uma nova pincelada…

Nunca é demais relembrar os recentes acontecimentos na Ilha da Madeira, onde a mãe natureza se apoderou do papel principal, deixando aos habitantes da ilha, o simples papel de figurantes, visto, não terem naquele momento nenhum poder de acção neste pequeno "Take", de um filme de terror. Resumindo, o guião foi escrito, revisto, sempre por alguém que achou, que a Madeira era um bom lugar para rodar as filmagens. Fica para a história uma simples nota, pelo menos foi um filme "Natural e sem efeitos especiais, mas a nota que lhe damos, é de um filme Contra-Natura, aos olhos dos habitantes".

Foi assim que iniciei um email enviado na agência onde trabalho, onde brevemente estará em marcha um Projecto de Solidariedade. Mais um? Há tantos por aí, dirão vocês. Nasceu mais este, é verdade, mas olhem que nunca são demais, nunca chegam para contrabalançar o peso na balança.

Realmente uma coisa é certa, só quando entramos nas coisas, é que as vimos com outro olhar, com outra pintura, a preto a cinzento, são as cores mais vistas por quem precisa de uma pequena ajuda. Vamos a ver se o nosso Projecto consegue mudar junto de tantos outros, as cores tristes desde Portugal.

19ª e 20ª quase quase...

Cheguei a um ponto de indecisão sobre o decorrer das minhas etapas.
Não estava gostar a forma como iriam acabar e por isso, fiz uma pausa, revi e concluí, que deveria ir de encontro à minha primeira ideia.
Estou neste momento na 20ª etapa e irei prosseguir...

De onde, para onde e quem?

Todos nós temos um dia, a mesma questão para fazer. "Afinal para onde vamos no fim?"

Os anos passam, os séculos passam, os milénios o mesmo, e o que fica, é a certeza da incerteza que porém, algo existe depois de fecharmos os olhos. O quê? Onde?

A dúvida subsiste ao longo do tempo, mas pelo menos uma coisa temos a certeza, este longo tempo, não foi capaz de impor um estado erosivo da questão, ela continua bem patente entre nós.

Queremos saber a todo o custo quem realmente somos e isso é um bem que nos assiste. Mas será que sabemos compreender, que somos nós próprios que escondemos as nossas raízes? Não seremos nós, ou então incapacitados, de poder chegar à verdade?

O mesmo problema existe num diferente espaço temporal. "Afinal de onde vimos?"

De onde vimos, para onde vamos, quem somos?

São perguntas que fazemos e sem dúvida temos a resposta, apenas não as enxergamos… Não temos permissão para tal. Terá alguém?

Vidas Ceifadas - Total 38

Este post nasceu depois de ter escrito este que podem verificar aqui:

http://paulocadeiras.blogspot.com/2009/10/gato-com-pouca-sorte.html

Ora cá estou eu como prometi a fazer a contagem de animais que perdem a vida nas estradas no qual vou vendo dia a dia. Comecei hoje e começa mal.

1 - 26-10-09 - 7:50 - Gato na recta das Lezírias.
2 - 26-10-09 - 8:25 - Cão na CREL.
4 - 28-10-09 - 7:40 - 2 Gatos na N118 entre Salvaterra e Benavente
5 - 28-10-09 - 8:07 - 1 Gato no A1
6 - 05-11-09 - 8:10 - 1 Irreconhecível na A1 (portagens Alverca direcção Lisboa)
7 - 06-11-09 - 7:47 - 1 Gato na recta das Lezírias.
8 - 09-11-09 - 7:29 - 1 Gato Marinhais.
9 - 10-11-09 - 8:01 - 1 Irreconhecível na A1.
10 - 14-11-09 - 14:20 - 1 Cão na recta do cabo sentido Vila Franca de Xira.
12 - 17-11-09 - 7:59 - 2 Gatos na Recta das Lezírias.
13 - 17-11-09 - 8:04 - 1 Gato no fim da recta do cabo junto à Ponte Vila Franca.
14 - 24-11-09 - 18:49 - 1 Gato na Recta das Lezírias.
15 - 03-12-09 - 7:28 - 1 Gato Marinhais.
16 - 03-12-09 - 17:55 - 1 Gato entre Marinhais e Salvaterra.
17 - 04-12-09 - 7:35 - 1 Cão entre Marinhais e Salvaterra.
18 - 09-12-09 - 7:40 - 1 Cão entre Salvaterra e Benavente.
19 - 09-12-09 - 16:43 - 1 Gato na ponte de Vila Franca sentido Porto Alto.
20 - 10-12-09 - 8:20 - 1 Gato em Famões.
21 - 21-12-09 - 7:53 - 1 Gato entre Marinhais e Salvaterra.
22 - 21-12-09 - 8:29 - 1 Gato no fim da ponte Vila Franca Sentido Lisboa.
24 - 29-12-09 - 12:10 - 2 Cães na recta do Porto Alto.
25 - 04-01-10 - 7:55 - 1 Cão na recta das Lezírias.
26 - 06-01-10 - 7:58 - 1 Cão na recta do Porto Alto.
27 - 11-01-10 - 7:57 - 1 Cão na recta das Lezírias.
28 - 18-01-10 - 7:40 - 1 Cão entre Marinhais e Salvaterra.
29 - 29-01-10 - 7:57 - 1 Gato na Recta das Lazírias.
31 - 05-01-10 - 7:43 - 2 Gatos entre Marinhais e Salvaterra.
33 - 10-01-10 - 7:46 - 2 Gatos entre Salvaterra e Benavente.
34 - 17-02-10 - 7:58 - 1 Gato entre Marinhais e Salvaterra.
35 - 17-02-10 - 18:45 - 1 Gato Recta das Lezírias.
36 - 22-02-10 - 19:10 - 1 Gato nas curvas das Lezírias.
37 - 24-02-10 - 8:00 - 1 Gato em Samora Correia.
38 - 24-02-10 - 8:01 - 1 Cão em Samora Correia.
Este Post vai mudando sempre de data cada vez que o actualizar.

Vamos a ter mais consciência. Não abandonem os vossos animais porque podem acabar como estes.

…uma vida não é um dia…

…aquela flor estava prestes a cair na terra húmida, naquela manhã fria que o Astro Rei não conseguiu aquecer. Ela que aceitou tantos raios de sol durante a sua vida, hoje, no dia da sua queda para a vida, ele ia falhar-lhe, ele não viria pelo menos abrilhantar a sua queda?

Restavam poucos segundos para esquecer tudo o que viu, o que sentiu, o que foi, o papel que desempenhou junto às suas irmãs. “Ó que vida esta, porque agora? …”
Ainda teve tempo, o privilégio, de sentir mais uma vez o peso da abelha, aquela abelha que tantas vezes lhe fez companhia, que a visitou e em troca levava o pólen que ela tinha para lhe oferecer.
Agora já não pertencia, ela há uns dias que pousava mas não ficava, rejeitava-a no segundo exacto que lhe tocava. “Não, olha, não vás já, faz-me um pouco de companhia…”. Mas não.

A nossa flor olhou à volta e viu como estava lindo o jardim, novas flores nasciam por todo o lado enquanto ela, não tinha moeda de troca perante elas. “Já não sou como elas, tenho de me conformar."
Caiu, caiu de costas, sentiu o impacto no chão molhado, naquela terra que lhe serviu de lar e lhe deu o alimento até então. Antes de esquecer tudo, apagar para sempre o rasto da sua passagem por cá, olhou para cima para as suas irmãs, despediu-se da forma que pode e o sol, o sol não veio despedir-se. Desistiu, não tinha mais tempo.

Lembrem-se que a flor dentro de nós também vai cair, também vai ser rejeitada, não teremos uma moeda de troca e faltará sempre no fim, talvez, aquele que nos pareceu ser a nossa maior companhia, o que nos abrilhantou a maior parte dos dias… nesse dia não se importem, recordem sempre como ele foi importante durante o resto dos dias e não nesse dia…

…uma vida não é um dia…

Por Paulo Cadeiras em 07-02-2010.

18ª está concluída.

Das últimas etapas que fiz, esta foi sem dúvida a mais rápida mas a maior.
Gostei imenso de a fazer, porque acho que está bem construída, acho que inventei bem os seus alicerces e porque foi um final de semana horrível.
Mesmo assim cá estou, pronto para continuar.
Mãos à obra...

Um dia infernal…

Hoje sinto-me velho, cansado, desesperado com a vida. Parece que ela me está abandonar, eu corro ao encontro dela enquanto ela foge.

Será que é verdade, ou será que é ela que corre ao meu encontro, e sou eu que a estou abandonar hoje?

Dias destes, infelizmente acontecem, vão acontecer mais vezes mas sei que pelo menos fica a certeza que daqui a pouco, fecharei os olhos na cama do meu lar, ele fechará os olhos no seu novo lar e adormeceremos ambos à espera de um novo dia.

O meu novo dia felizmente trará uma nova força de prosseguir a vida, ele, apenas o contar dos dias… Boa estadia no teu novo lar…

Silêncio.

Entre muitas qualidades do ser humano, uma delas é sem dúvida o poder falar, exprimir-se, interagir com as outras pessoas sobre vários temas. É realmente um feito inalcançável por qualquer outro ser vivo, tão inalcançável, que mesmo alguns seres humanos, não se dão conta da primazia, da pequena sorte que fomos brindados. Mas porque digo eu pequena sorte, quando acabei de dizer que é talvez a maior qualidade?

É maravilhoso poder estar aqui a escrever este pequeno texto, roubar-vos algum do vosso tempo, mas não é por mal, apenas exprimo o que agora sinto e como eu, milhões de pessoas o fazem, deitando cá para fora o que lhes vai lá dentro. Acham-nos por vezes, nestes momentos, os "Senhores da Palavra". A pequena sorte é mesmo esta, há tantas pessoas que se exprimem para os outros e nunca são compreendidas, nunca vêem retribuído o seu esforço, apenas um silêncio.

Mas temos de saber compreender esse silêncio, respeitar esse estado por vezes tão inquietante para nós e manter-nos na trajectória traçada, porque o silêncio apenas é a ausência de som, nada preocupante então, certo?

Vou tentar a partir de hoje ouvir o silêncio que às vezes vai dentro de mim, que passo aos outros, e tentar fazer algum barulho…responder por fim ao meu silêncio imposto.