Ontem, como em muitas noites, perdi alguns minutos a olhar a Lua. Quem me conhece sabe que adoro a Lua! E nunca me canso de o dizer, que o “ontem” foi sempre a mais importante que a vez anterior. E não é que foi!
Encostado ao pilar da casa olhei para ela e foi como, se ela me estivesse a dizer alguma coisa. À primeira vista é um disparate eu sei, mas não eram palavras que ela transmitia, mas sim pensamentos que me enviava. E o que ela me quis dizer foram directrizes básicas da rotatividade e de como ela se movimenta.
Mas se este pensamento me fez recordar o que aprendi sobre o ciclo da Lua há já muitos anos atrás, este pensamento teria agora outro peso e não apenas o recordar o seu movimento. Mesmo assim confesso, que fui ver melhor, e não me lembrava do movimento de Revolução.
Sabemos que lhe confere os seguintes movimentos; a Rotação, a Revolução e a Translação. O movimento de translação é a volta que faz em torno do sol. A revolução é o elíptico que ela faz ao redor da Terra. E por fim, a rotação da Lua é o movimento que ela faz em torno do seu próprio eixo.
E não é que na nossa vida, na nossa vida familiar acontece o mesmo? Vejamos!
Todos temos em comum um princípio que é manter o melhor possível a grande causa, que é a vida, a família, a nossa alegria e felicidade no seio familiar. Para mim é a lei mestra e por isso eu a conotar com o Sol, o Sol da casa. Por isso, de ano em ano, todos nós completamos e renovamos o movimento de Rotação em volta da nossa causa, a Vida! Já no movimento de Revolução, repito, o movimento que a Lua faz à volta da Terra, encaixo-o no movimento que fazemos diariamente no nosso trabalho e em casa, por isso ser um movimento mais curto (24 horas) mas de igual importância. Já o de Translação, achei ser o mais importante.
Durante o movimento da nossa vida, vamos rodando em torno das pessoas que vamos conhecendo. Por vezes rodamos à custa dessas mesmas pessoas e não compreendemos que o sistema está montado assim. Mas na verdade não tem de ser assim. É difícil de compreender, em que num sistema de rotatividade haja alguém que não queira fazer a sua parte. E lá está; é importante, cada um de nós, saber e perder tempo a compreender o nosso movimento de Translação, compreender que, se não sabemos rodar no nosso próprio eixo, se não sabemos compreender os nossos movimentos, nunca seremos uma peça contributiva no grande movimento da Vida! É por isso então, importante saber usar o nosso movimento de Translação e só assim contribuir no movimento geral da Vida!
Quando acabei de olhar para ela, disse para mim mesmo…
Nunca serei um bom homem ao rodar em torno do Astro Rei, se não souber rodar sobre mim. Vou rodar no meu eixo e tentar viver num círculo perfeito…assim como manda as leis do Sistema Solar!
Paulo Cadeiras 16-05-2011.
